sexta-feira

Lata Velha reformada no Caldeirão do Rio

A evolução histérica, digo, histórica do Caveirão

Conforme o veículo, utilizado pela polícia para "operações especiais", vai sendo “aperfeiçoado”, o poder de fogo dos traficantes também vai aumentando, com armamento cada vez mais pesado, capaz de perfurar blindagens cada vez mais poderosas.

Enquanto isso, o povo favelado, marginalizado e oprimido, que só recebe a visita do Estado através do Caveirão, é posto na linha de tiro, e quem mais lucra com essa estúpida corrida bélica é a florescente indústria de armas e "segurança".



Paladino – Antigo veículo blindado do Batalhão de Polícia de Choque da PMERJ, utilizado para o controle de distúrbios civis. Sem eufemismos, era uma espécie de carro-forte que servia à repressão na ditadura militar.

Paladino reformado – O Paladino velho de guerra recebeu pintura nova e continuou atuando, juntamente com o Caveirão. Depois de apresentar problemas no mecanismo hidráulico da
porta, acabou sendo aposentado em 2005.


Caveirão de hoje – Alguns especialistas preferem o desenho do Paladino, mas o Caveirão é mais confortável (para quem está do lado de dentro, é claro). Equipado com torre e outros apetrechos bem bacanas, ele sobe favela e dá tiro pra todo lado.


Caveirão dos sonhos – O sonho da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro parece ser encomendar o Gila, veículo 4x4 com casco em forma de V. O pesadelo é fabricado na África do Sul, país que tem bastante know-how em matéria de repressão.



Caveirão de amanhã – Como diz aquele conhecido ditado, no futuro, adeus pertences, mas provavelmente será um super-tanque, hiper-blindado e mega-equipado, que andará sempre em comboio, pronto para esmagar qualquer perigo.

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