O Diretor do Centro de Detenção e Reabilitação da Província de Cebu (CPDRC), nas Filipinas, Byron F. Garcia, adotou uma nova política na instituição. Irmão da governadora de Cebu, que acaba de ser reeleita, Byron ganhou o cargo de consultor de segurança da província e decidiu implantar um método revolucionário para "melhorar" o sistema carcerário. Há, porém, sérias dúvidas se o objetivo da idéia é torturar ou ajudar na recuperação dos presos."Como em muitos outros países do mundo, nossa prisão estava superlotada, tomada pela corrupção, pelas drogas e pelo jogo", defende o controvertido Diretor, acusado de nomear novas lideranças para os presos, todas ligados à polícia ou a grupos paramilitares. Segundo Byron, as críticas não passam de "propaganda de comunistas e do pessoal dos direitos humanos".Ele próprio realiza as filmagens, edita e adiciona os vídeos na Internet. "Já vinha colocando outros, havia nove meses, mas nunca eram tão vistos. E agora nós temos um hit!”, diz, satisfeito com a repercussão de Thriller, coreografado por cerca de 1.500 prisioneiros filipinos, vestidos com os uniformes laranjas do CPDRC.Para Byron F. Garcia, "eles estão muito orgulhosos do que fizeram. Ali tem criminosos violentos e até estupradores dançando Thriller!” A lista de coreografias disponibilizadas no YouTube inclui também Radio Ga Ga, do Queen, I Will Follow Him da trilha-sonora do filme Mudança de Hábito, estrelado por Whoopy Goldberg, e YMCA do Village People, entre outras.Ainda não se sabe o que acontece com o prisioneiro, ou prisioneira, que se recusa a participar do inusitado "processo terapêutico" instituido no CPDRC. Pode até ser que o polêmico Método Byron traga benefícios, não apenas físicos, mas também culturais e comportamentais para os internos do sistema prisional. Difícil é definir se realmente trata-se de um agradável processo de reabilitação ou de um severo mecanismo de punição.
No episódio inédito A Esposa Aquática (Aquatic Wife), exibido pela Fox no último domingo, os Simpsons tiveram uma piada sobre o Brasil censurada na dublagem. Quando a família mais politicamente incorreta da TV chega, de navio, a uma ilha onde a pequena Marge Simpson passava suas férias e encontra a paradisíaca Barnacle Bay transformada em um lugar imundo, acontece o seguinte diálogo:Marge: Argh! O paraíso da minha infância virou um chiqueiro.Lisa: Esse é o lugar mais nojento em que já estivemos.Bart: E o Brasil ?Lisa: Depois do Brasil.Após a censura, o texto original foi trocado e o diálogo ficou assim:Marge: Argh! O paraíso da minha infância virou um chiqueiro.Lisa: Esse é o lugar mais nojento em que já estivemos.Bart: Sério, você acha mesmo ?Lisa: Se eu falei é porque acho.
Veja, no vídeo acima, o trecho original (legendado) e o mesmo trecho depois da dublagem em português.
No YouTube também é possível ver o divertido episódio, uma verdadeira "aula de ecologia", dividido em 3 partes:
A Esposa Aquática (parte 1) - É onde está o trecho censurado
A Esposa Aquática (parte 2)
A Esposa Aquática (parte 3)
A abertura dos XV Jogos Pan-americanos, vai ficar marcada na história pela magnitude do espetáculo e pela descontração do público. Tendo como palco o Estádio do Maracanã, a cerimônia coordenada pela artista plástica, figurinista, cenógrafa e carnavalesca Rosa Magalhães e pelo cenógrafo e design Luiz Stein, com a colaboração de cerca de 4500 artistas voluntários, transformou-se numa festa emocionante e inesquecível.Longe do lugar-comum, a cultura brasileira foi apresentada de maneira magistral, com a participação constante e bem-humorada dos espectadores, como não poderia deixar de ser, em se tratando de um evento festivo no Rio de Janeiro, cidade maravilhosa tanto por seus encantos naturais quanto pelo alto astral de seu povo, que ultimamente parecia abalado e perdido..Os 25 coreógrafos convidados, entre os quais diversos expoentes, como Deborah Colker, Renato Vieira e Lola Gabriel, produziram momentos de grande beleza e força de expressão, capazes de arrebatar não apenas as milhares de pessoas presentes no Maracanã, mas também os milhões de telespectadores, conectados à transmissão pela TV.Da eletrizante interpretação do Hino Nacional, cantado "à capela" por Elza Soares, acompanhada por um empolgado coral de mais de noventa mil vozes, ao apoteótico acendimento da Pira, uma inusitada esfera solar de seis metros de diâmetro, pelo atleta Joaquim Cruz, a cerimônia correu perfeita, até mesmo pelos seus desacertos.A trilha sonora, sob a direção de Alê Siqueira, fez uma grande viagem pela música brasileira, a começar pela entrada do solista Kainã do Jeje, de 12 anos, tocando rum, instrumento típico do candomblé, logo acompanhado por 1.750 percussionistas de 17 escolas de samba do Rio. Nem o uso do play-back, por causa da acústica do estádio, tirou o brilho da execução ou a receptividade do público, que delirou com a mistura de samba, bossa-nova, chorinho, maracatu, ópera e música clássica.Após o desfile das delegações, a energia do povo foi mostrada através do Sol, das Águas e do Homem, com uma apresentação impecável da Orquestra Sinfônica Brasileira, regida pelo maestro Roberto Minczuk, que executou uma espécie de fantasia, composta por André Mehmari, citando obras de Tom Jobim, Chico Buarque e Heitor Villa-Lobos, verdadeiros orgulhos nacionais.Um dos segmentos musicais mais emocionantes, contou com Adriana Calcanhoto, sentada numa cadeira gigantesca, cantando a clássica "Acalanto" de Dorival Caymmi, enquanto diversas figuras fantásticas do nosso folclore, como a Bernúncia, a Carranca, o Cazumbá, e o Boi da Cara Preta, adentravam o palco e o imaginário de todos. Simplesmente imperdível.Ah, sim ! O público vaiou o presidente e quebrou o protocolo sem a menor cerimônia. Dizem que, por conta disso, o Rio talvez até perca a chance de sediar uma Olimpíada e uma Copa do Mundo, e, (in)conseqüentemente, muito dinheiro. Mas parece que a cidade estava precisando lavar a alma. E isso não tem preço.
Infelizmente, o continente africano é mais lembrado como fonte de desgraça do que de exuberância. É comum falar da África como se fosse um bloco homogêneo de tristezas, um amontoado de problemas, quando na verdade é um continente tão diverso quanto as civilizações que povoam a América, da Patagônia ao Canadá.Além de AIDS, pobreza e guerras civis, a África possui uma rica herança cultural, não apenas no Egito ou no Marrocos, mas também em Gâmbia e no Senegal, onde a memória histórica foi transmitida pelo canto dos Griots através de várias gerações.Os Griots eram (e ainda são) poetas cantadores, autênticas escolas ambulantes, ensinando lições de vida, narrando lendas e façanhas. Sua musicalidade inspirou o Blues, o Rap e também o Mbalax, gênero baseado em ritmos e sonoridades tradicionais daquela região da África Ocidental, que incorporou variadas influências, do jazz aos arranjos afro-cubanos e cantos religiosos islâmicos.O resultado desta alquimia, um som visceral absolutamente contagiante, alcança dimensões celestiais na voz de Youssou N’Dour. Com uma potência capaz de provocar a comoção mais profunda, as miraculosas cordas vocais do maior ídolo do Senegal, formam um instrumento de timbre e extensão impressionantes, que parece afinado por algum diapasão divino.
Com essa voz pujante, cantando em wolof, francês e inglês, quase sempre acompanhado por uma banda repleta de músicos incrívelmente talentosos, a formidável Super Etoile de Dakar, Youssou se distingue também como compositor extraordinário, autor de um amplo e magnífico repertório e principal representante do Mbalax (“UMM BAH-LAAKH”), que ajudou a criar e desenvolver.Não bastasse compor e cantar como poucos, Youssou N’Dour tem ainda um notável engajamento político, dedicando-se a inúmeros projetos sociais, não apenas em relação às penúrias africanas, mas em prol da anistia internacional, dos direitos humanos e outras causas essenciais. Enfim, Youssou é um dos seres humanos mais completos do planeta, um Griot imprescindível da África e quase uma divindade no Senegal.
Na última cena do filme A Vida de Brian, cerca de 20 atores e figurantes aparecem crucificados. Parte do elenco estava se queixando do calor e da posição incômoda na cruz, quando Eric Idle, um dos componentes do irreverente grupo Monty Python, começou a cantar uma música, composta por ele mesmo, que não constava no roteiro. Era Always Look on the Bright Side of Life (algo como Veja Sempre o Lado Bom da Vida).A canção de Eric Idle, uma espécie de paródia ao estilo musical das produções da Disney, acabou sendo incluída no filme e tornando-se extremamente popular. Quando o intérprete de Brian, Graham Chapman, morreu precocemente, em 1989, recebeu uma homenagem muito pouco ortodoxa. Após um hilário Elogio lido por John Cleese, onde a palavra fuck teria sido pronunciada pela primeira vez em um cerimonial fúnebre, os cinco remanescentes do Monty Python, acompanhados por vários parentes e amigos de Chapman, cantaram Veja Sempre o Lado Bom da Vida, num coro entusiasmado.Em 2005, uma pesquisa realizada pelo Music Choice, indicou Always Look on the Bright Side of Life como uma das três canções que os britânicos mais gostariam que fossem executadas em seus funerais.